Síndrome do Impostor: o que é e como superá-la
- Carolina Leles
- 10 de jul.
- 3 min de leitura
Você já sentiu que não merece o sucesso que conquistou? Já teve medo de ser “descoberto” como uma fraude, mesmo tendo evidências concretas das suas capacidades? Se sim, você pode estar vivenciando a chamada Síndrome do Impostor um fenômeno psicológico mais comum do que se imagina.

O que é a Síndrome do Impostor?
A Síndrome do Impostor é uma condição emocional caracterizada por uma autopercepção distorcida, onde a pessoa acredita que suas conquistas são fruto de sorte, coincidência ou engano e não de seu esforço, competência ou talento.
O termo foi cunhado pelas psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes na década de 1970, ao estudarem mulheres bem-sucedidas que, apesar do alto desempenho, não conseguiam internalizar seus sucessos. Com o tempo, descobriu-se que essa sensação afeta pessoas de todos os gêneros, idades e áreas de atuação.
Sintomas mais comuns
Embora não seja um transtorno psicológico formal, a Síndrome do Impostor pode causar impactos emocionais e profissionais relevantes. Alguns sinais incluem:
Dificuldade em aceitar elogios;
Medo constante de falhar ou “ser descoberto”;
Autoexigência excessiva;
Ansiedade diante de novos desafios;
Comparações constantes com os outros;
Minimização das próprias conquistas.
Por que sentimos isso?
Diversos fatores podem contribuir para o surgimento da Síndrome do Impostor:
Crenças internalizadas na infância, como a cobrança excessiva por perfeição;
Ambientes altamente competitivos, como universidades ou mercados de trabalho exigentes;
Padrões sociais de sucesso, muitas vezes inalcançáveis, reforçados por redes sociais;
Fatores culturais, como o machismo, o racismo e a desigualdade social, que dificultam o reconhecimento e a valorização de talentos.
Como superar a Síndrome do Impostor?
Superar essa sensação não é fácil, mas é possível com autoconhecimento, acolhimento e prática. Abaixo, algumas estratégias que podem ajudar:
1. Reconheça o problema
O primeiro passo é identificar que esses pensamentos autodepreciativos são parte de um padrão distorcido – e não um reflexo real das suas capacidades.
2. Questione suas crenças
Pergunte-se: "Existe alguma prova concreta de que não sou capaz?" Muitas vezes, as respostas mostrarão que seus medos não se sustentam diante da realidade.
3. Valorize suas conquistas
Faça um exercício: escreva uma lista com suas realizações, por menores que pareçam. Revise esse material sempre que sentir que não é suficiente.
4. Pare de se comparar
Cada pessoa tem seu ritmo e trajetória. Comparar-se com os outros só alimenta a sensação de inadequação.
5. Aceite que errar faz parte
O perfeccionismo é um dos grandes aliados da síndrome. Lembre-se: falhar é humano e fundamental para o crescimento.
6. Converse sobre isso
Você não está sozinho(a). Falar com amigos, colegas ou um terapeuta pode trazer alívio e ajudar a ressignificar essas sensações.
7. Busque ajuda profissional
A psicoterapia é um espaço seguro para investigar as raízes desses sentimentos, desenvolver autoestima e construir uma percepção mais realista de si mesmo(a).
Você não é uma fraude: você é humano
A Síndrome do Impostor nos faz acreditar que não somos bons o bastante, mesmo quando estamos fazendo o nosso melhor. Mas é importante lembrar que ninguém sabe tudo, ninguém acerta sempre, e tudo bem não ser perfeito.
Reconhecer sua trajetória, acolher suas inseguranças e buscar apoio é o caminho para viver com mais leveza, autenticidade e confiança.
Você merece estar onde está. E mais: merece seguir crescendo.
Gostou deste conteúdo?
Continue acompanhando o blog para mais artigos sobre bem-estar, comportamento, carreira e desenvolvimento humano.
Porque aprender também é sentir!
Комментарии